Uma das áreas diretamente afetadas pela retinose pigmentar é a retina, região também conhecida como fundo do olho. De forma progressiva, geralmente, ela começa a passar por um processo de degeneração. A retinose pigmentar se trata de uma doença que ocorre nessa área, e as suas causas têm origem considerada hereditária.

Com o surgimento da doença, as células da retina chamadas de bastonetes (por terem formato longo e cilíndrico) e cones (células que reconhecem as cores) iniciam um processo de degeneração. Também pode haver um atrofiamento capaz de ocasionar o óbito da célula.

Na maioria dos casos que tenho conhecimento, pode haver perda de visão periférica, dificuldade de adaptação ao escuro e sensibilidade à luminosidade. Isso porque as primeiras células afetadas pela retinose pigmentar são os fotorreceptores, que são sensíveis à luz e responsáveis pela visão periférica e noturna.

Nesse post você irá encontrar os seguintes tópicos:

  • Principais sintomas e causas da doença;
  • Método Self-Healing: transcendendo a tendência genética
  • Uso de telas e saúde visual.

Boa leitura!

Principais sintomas e causas da doença

Fonte: (Reprodução/Internet)

Um dos primeiros sinais da doença, na maioria das pessoas, é a dificuldade de enxergar à noite, seguida da perda da visão lateral e central, também. A intensidade dos sintomas vai depender de como os bastonetes e cones estão afetados pela doença. Por isso, a consulta a um médico oftalmologista para ele fazer o diagnóstico é indispensável. 

Em geral, são os bastonetes – mais concentrados nas áreas periféricas da retina – que começam a ser prejudicados pela retinose pigmentar, o que vai começar a provocar perda da visão periférica.

Já a visão central pode começar a ser afetada depois que os cones (localizados na área central da retina) iniciam um processo de degeneração por causa da doença. Além da perda da visão central, a capacidade de diferenciar as cores e os detalhes pode ficar comprometida.

Mesmo com esse perfil de hereditariedade, a doença – que pode ser agravada pelo estresse da rotina diária e da própria limitação causada pela deficiência visual – pode ter melhora com a prática de exercícios para estimular o campo visual, sem esquecer o tratamento médico. 

Por ter origem hereditária, quando alguém da família apresenta a retinose pigmentar, é indicado que todos os demais membros passem por avaliações médicas. Nesse caso, é recomendável que você procure tanto um oftalmologista quanto um geneticista.

Método Self-Healing: transcendendo a tendência genética

Por muitos anos se pensava que a genética e a carga hereditária de uma doença visual eram as únicas causas responsáveis, e ditas como imperativas para todas as patologias. No entanto, com a evolução da medicina, esse cenário mudou.

A carga genética existe, porém, ela pode ser ativada e impulsionada pelos nossos hábitos de vida. Isso pode acontecer com a miopia, por exemplo, e também com a retinose pigmentar em certos casos. 

Bons hábitos visuais podem amenizar a progressão da doença, e talvez fazer com que ela não se manifeste precocemente. Hábitos como piscar, olhar para diferentes distâncias, se expor à luz solar, e à escuridão, utilizar a visão periférica e também a visão de detalhes, mantendo sempre um equilíbrio do uso dos 2 olhos.

Com a estimulação visual, conseguimos, em algumas circunstâncias, incentivar células que foram consideradas perdidas na retina, porém elas somente não estavam ativas, e com o estímulo certo elas podem resumir sua função.

Utilizando o método Self- Healing, de Meir Schneider, tanto no consultório, quanto nos cursos online, já houve muitos casos de melhora. Porém, ressaltamos novamente o fato de que nenhum dos exercícios substitui o tratamento indicado por seu oftalmologista.

Para Meir Schneider, muito embora a retinose pigmentar tenha origem hereditária, o estresse da vida de hoje piora a doença. E, além disso, o próprio desgaste físico e emocional causado pela perda visual, pode acelerar o processo de piora da qualidade da visão dos portadores desse tipo de problema.

No seu livro Saúde Visual, de 2012, Schneider destaca que enfrentar com naturalidade o problema  é o segredo para a cura. 

“Na minha experiência com pacientes com retinose percebo que a prática dos exercícios pode, além de desacelerar a progressão da doença, também recuperar células que não estão mortas. Mas adormecidas no campo visual, esperando por um estímulo”, disse.

Exercício de ampliação do campo visual pode ajudar no tratamento da retinose pigmentar

Com base na experiência de mais de nove mil alunos do curso online, é possível frear a evolução da retinose pigmentar aliando formas naturais a um tratamento médico adequado.

Isso é feito com o estímulo correto das células do campo visual que não morreram e só esperam pela oportunidade de voltarem à ativa. Ao longo do artigo, serão elencados os melhores exercícios para ajudar quem sofre dessa doença. 

No curso online, é possível você mesmo montar uma rotina de exercícios voltada para o seu tipo de caso específico.

Priorize exercícios simples que estimulam a visão periférica. Isso vai facilitar a prática na sua rotina diária. Chacoalhe os dedos na lateral da sua cabeça. Não olhe para sua mão (para não estimular a visão central). Olhe para seus dedos com o canto dos olhos.

Tome banho no escuro, (com cuidado para não se machucar) além de poder melhorar a visão periférica, vai trabalhar a visão noturna com o estímulo das células bastonetes concentradas na retina periférica.

Faça palming, sunning, automassagem e olhe para detalhes. Em vez de olhar para uma árvore, por exemplo, olhe para cada uma das partes dela. Em seguida, passe dos detalhes maiores para os menores de cada uma das partes. Lembre-se de piscar e respirar durante a prática.

Caso não conheça o exercício sunning, clique aqui. No vídeo abaixo, estão as instruções de como realizar o palming de forma correta. Confira:

Uso de telas pode danificar a visão

Hoje em dia, nosso potencial de visão periférica (lateral) está sendo colocado em segundo plano. Isso se deve, em grande parte, ao uso crescente de celular e computador, por exemplo, que exige mais da visão central.

O segredo é administrar o tempo em frente às telinhas de uma forma geral. Fazer pausas a cada uma hora do uso do celular e computador é a primeira dica para não sobrecarregar a visão central.

Também é recomendável utilizar celulares e computadores em ambientes claros, próximos à uma janela para aproveitar a luz natural, que facilita o estímulo da visão periférica.

E falando em visão central, o uso de óculos também se encaixa aqui, pois estimula somente a focar na visão de perto. Assim, ao cuidar do seu campo visual, os benefícios vão ser sentidos em toda a sua saúde visual porque haverá um equilíbrio do uso dos olhos.

Atenção: nenhum exercício ou recomendação tem o poder de substituir indicações médicas. Desse modo, os treinos visuais servem para auxiliar na recuperação/ tratamento da doença. Ao menor sinal de desconforto, busque o médico de confiança.