Precisamos falar de pressão ocular. Muitos podem a reconhecer como “pressão dentro do olho” ou “pressão alta nos olhos”, mas o mais importante é entender o que é isso. Melhor ainda, entender como ela pode ser controlada.

Não deixe que essa pressão seja o capítulo final, mas o começo de uma luta que pode ter um fim bem claro e feliz. A primeira coisa que é preciso lembrar, é que essa pressão ocular não tem nada a ver com a pressão arterial.

Entender como funciona a pressão ocular e saber como cuidá-la de forma natural é fundamental. Por meio desse esforço, é possível não só diminuir a pressão, como também ter a possibilidade de melhorar o campo visual.

Lembre-se de sempre buscar ajuda médica ao menor sinal de desconforto ou irritação nos olhos.

Nesse post você encontrará os seguintes tópicos:

  • O que é pressão alta no olho?;
  • Relação com o glaucoma;
  • Tratamento da pressão ocular alta.

Boa leitura!

O que é a pressão alta no olho?

Foto: Reprodução/internet

Dentro do olho existe uma câmara chamada “câmara anterior”, ela fica bem ali entre sua córnea e seu cristalino. Nela, circula um importante líquido chamado humor aquoso. Esse líquido é responsável por levar nutrientes, anticorpos e várias substâncias muito importantes para o funcionamento da visão.

Mas lembre-se que o humor aquoso não tem nada a ver com as lágrimas, essas circulam do lado de fora da córnea. O humor aquoso é produzido, banha câmara anterior e escoa.

Agora pare por um segundo e imagine uma pia. Imagine que a torneira se abre, a água escoa dela e só não enche porque existe uma boa drenagem, nesse caso, o ralo. Mas imagine que esse ralo esteja entupido ou que seja menor que a vazão necessária dessa água, a pia então começa a encher.

A situação na câmara anterior pode ser um pouco pior ainda, já que ela é fechada e em certo momento, quando muito cheia, ela não tem para onde deixar esse líquido sair. O provável resultado disso é o aumento da pressão na câmara.

Essa pressão tende a chegar ao nervo óptico, restringindo-o e podendo proporcionar o aumento da escavação. É por isso que os casos de pressão aumentada, quase sempre, começam com a perda de campo visual periférico, como ilustrado na imagem abaixo.

Relação com o glaucoma

Em geral, o nervo óptico é constituído por milhões de fibras nervosas que conectam os estímulos luminosos captados pela retina (no olho), os quais são transformados em impulsos elétricos e conduzidos ao cérebro (pelo nervo óptico) para que tenhamos uma visão.

Quando o nervo óptico é afetado pela alta pressão ocular, é provável que ele receba pouca nutrição, poucos vasos sanguíneos, e uma tendência com o tempo de ocorrer morte lenta e progressiva das fibras, formando um aumento da escavação do nervo, daí o termo escavação aumentada do nervo óptico.

As fibras mais superficiais costumam ser as primeiras a serem perdidas, e elas são responsáveis pela visão periférica, por isso, com a pressão ocular aumentada e os problemas no nervo óptico, as primeiras perdas ocorrem na visão periférica, no campo visual. Esse é o glaucoma!

Exatamente, glaucoma (em determinados casos) não se trata simplesmente da pressão ocular alta, mas da lesão em si. Ainda que não seja o mais comum, existe até glaucoma de pressão normal e que provoca a mesma perda de nervo óptico.

Normalmente, o limite da pressão no olho é por volta de 20, muitos médicos passam até a tratar o glaucoma quando a pressão passa dos 18. Outros só fazem isso depois que ela atinge o limite. Cada profissional da área adota o melhor tratamento para o paciente.

É importante que você procure o tratamento com seu médico, visto que, entre outras coisas, somente ele poderá dar um diagnóstico preciso em busca da melhor solução. Mas nem por isso deixe de lado uma possibilidade natural, que pode se mostrar benéfica.

Tratamento da pressão ocular alta

Foto: Reprodução/internet

Quando a pressão ocular é considerada alta, é normal que o médico opte, nos casos mais comuns, pelo uso de colírios. Porém, se não houver um cuidado especial na raiz do problema, pode ser que essa pressão continue aumentando. Com isso se faz necessário o uso de medicamentos receitados pelo médico.  

O uso excessivo de medicamentos, pode ocasionar, em alguns casos, problemas, pois alguns colírios apresentam efeitos colaterais como olhos irritados, vermelhos e às vezes inchados. A necessidade do uso contínuo, dependerá do seu diagnóstico. 

É importante usar esses colírios, mas também é importante praticar exercícios visuais. Os exercícios dão a possibilidade de auxiliar a pressão baixa enquanto se mantém o tratamento, ou seja, devem servir como auxiliares ao procedimento indicado. 

Melhor ainda, se conseguir fazer esses exercícios logo no começo do tratamento, talvez nem seja necessário chegar ao uso contínuo de colírios, mas isso somente o oftalmologista poderá dizer com precisão.   

Esses exercícios irão movimentar os olhos por dentro, como um desentupidor de pia, que vai mexendo aquele espaço até fazer com que o líquido escoe. 

Os treinos movimentam a pupila por exemplo, o que faz o líquido escoar mais facilmente e a pressão ocular diminui aos poucos. Massagem, soltura do pescoço, também são auxiliares no tratamento. Saiba mais:

A pressão ocular pode ser cuidada, basta começar. São centenas de casos de alunos Olhos de Águia que conseguiram controlar a pressão e aumentar o campo visual praticando os exercícios visuais aliados ao tratamento convencional.

Fora isso, ainda é preciso prestar atenção no aspecto emocional. Colocar em prova se você está sendo pressionado na vida, seja por uma cobrança sua ou de um chefe, familiar etc.. Olhe para isso com carinho e tente melhorar esse aspecto antes, já que essa pressão reflete na sua visão.

Dois aspectos muito importantes são que a pressão do olho é um problema silencioso, tanto baixa quanto alta, então, é imprescindível que você mantenha suas visitas ao médico oftalmologista e nunca, em hipótese alguma, deixe de acompanhar o seu tratamento. 

Exercícios naturais podem ser uma solução incrível, desde que seu médico acompanhe sua melhora. Leia também nossa matéria sobre outro problema visual muito comum:

Catarata: sintomas, exercícios e principais causas da doença.